quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ANTÔNIO MARTINS E A ELEIÇÃO EM PAULO AFONSO

Neste nosso blog PORTO DA SERRA – GLÓRIA publicamos tempos atrás as duas versões deste trabalho onde defendíamos a candidatura do Dr. Antônio Martins como candidato do PP a Prefeito de Paulo Afonso. Hoje, como a candidatura ganha corpo resolvemos atualizar o trabalho.

É evidente que em um trabalho desta natureza temos que ser o mais realista possível para que não nos empolguemos facilmente. Neste levantamento trabalharemos, apenas, com os candidatos a vereador na eleição de 2008 que tiveram mais de 50 (cinqüenta) votos distribuindo-os por grupos.

GRUPO DE ANILTON, além dos já tradicionais DEM, PRP e PDP, mais PT, PMDB e PV (sem Zé Ivaldo) e os votos dados a Paulo Sérgio e Luiz Alberto que eram do PP.

GRUPO DE MÁRIO que na eleição passada foi formado pelo PP, PSC e PR recebeu a adesão de Aroldo (PTB), Adilson Ângelo (PT), Ângelo Carvalho (PRP), Delmiro do Bode (PHS), Ivan Dias (PMDB), Zezinho do INSS (PSB), Ivanete Avelino e Geraldo Alves (PCdoB), Ozildo Alves e Neumy José (PTN), Professora Quitéria (PV) e Maria do Carmo (PSB). Hoje já incluímos o Marquinhos do Hospital.

2.º GRUPO DE OPOSIÇÃO (PCdoB, PSB, PTB, e votação dada a Zé Ivaldo).

GRUPO DE DEMAIS PARTIDOS (PPS, PSDC, PRB, PTN, PTC).

PSDB – de Daniel Luiz

Repetimos que esta análise tem como espelho a eleição de 2008, como se hipoteticamente todos os candidatos fossem novamente candidatos e tivessem a mesma votação e, o que é pior, transferissem seus votos para os candidatos majoritários de seus partidos.

Mesmo assim, a leitura dos dados é altamente explicativa pondo por terra o favoritismo de muita gente. Vejamos os dados:

GRUPO DE ANILTON – teria 17.229 adeptos com percentual de partida de 33,5%;

GRUPO DE MÁRIO, com 14.444 partidários e percentual de partida de 28,1%;

2.º GRUPO DE OPOSIÇÃO, com 10.741 simpatizantes e percentual de partida de 20,9%;

GRUPO DE DEMAIS PARTIDOS, 6.307 adeptos e percentual de partida de 12,3%;

PSDB de Daniel Luiz repetiria sua votação de 2.736 votos e percentual de partida de 5,3%;

Com base nestes números não sabemos onde o Sr. Raimundo Caíres encontra embasamento para se considerar o melhor candidato das oposições a ANILTON. A não ser que ele tenha 100% dos votos do GRUPO DE DEMAIS PARTIDOS.

Também com base nestes números o ANILTON não pode se considerar eleito, pois faltam dez meses para as eleições, seu desgaste vai aumentar enquanto que o GRUPO DE MÁRIO tende a crescer e necessitaria apenas de um Daniel Luiz para derrotá-lo.

Vejamos a importância de um líder como candidato a prefeito.

PT de Paulo Rangel que teve 2.456 votos ou 4,77% e deu a Maninho apenas 1.087 votos, ou seja, a votação que o PT dará a ANILTON será a mesma de Maninho.

PSDC (Partido de Nicolsinho) que teve 3.043 votos ou 5,90% para vereador, mas só deu 483 votos para Nicolsinho;

PRB (Gorete Moreira, José Diniz, José Gomes Campos, Edvaldo Gomes, Carlos Murilo e outros) que somaram 2.158 votos ou 4,19% e na eleição passada estavam com Raimundo hoje está pulverizado.

PTN (sem Ozildo Alves), que teve 835 votos ou 1,62%.

O PV de hoje não é o mesmo PV de 2008 que teve 1.345 votos ou 2,61%.

PMDB de Vavá Ferraz que só teve 486 votos ou 0,94%;

Na nossa avaliação ANILTON está tecnicamente empatado com o GRUPO DE MÁRIO. As oposições unidas teoricamente não necessitariam desses outros pequenos partidos.

Gostamos muito de fazer retrospecto das eleições passadas, pois é com base nos dados que ela nos apresenta que podemos fazer uma avaliação em termos de futuro. Sabemos também que a votação do candidato a vereador de determinada coligação nunca corresponde à votação do candidato majoritário.

Entendemos que o candidato a Vereador, mesmo não eleito ou que sua votação tenha sido reduzida, ele deve ser prestigiado. Cem ou duzentos votos que o candidato obteve é resultado de um trabalho de parentes, vizinhos, amigos, colegas de trabalho. Dez candidatos com 50 votos totalizam 500 votos.

Os candidatos a prefeito devem olhar para os candidatos a vereador da eleição passada e começarem a fazer suas avaliações. Como é que ele está hoje? Está acompanhando quem? Desiludiu-se da política ou pensa em continuar na luta? É interessante ele vir para o nosso grupo? Custa caro?...

Fiel da balança esses candidatos anônimos somam mais de 12% de votos que estão aí para serem cooptados.

É importante destacar, também, que na eleição passada o voto de legenda somou 5.713 votos com destaque para o DEM (2.305) e o PSB (1.541). Na próxima eleição o DEM não terá a força do 25 nem o PSB a força do 40. É provável que o destaque fique para o 11 ou para o 12.

Eliminando o voto de legenda e computando apenas os votos dados aos candidatos o quadro muda significativamente. Vejamos:

GRUPO DE ANILTON – teria 14.095 adeptos com percentual de partida de 30,7%;

GRUPO DE MÁRIO, com 13.954 partidários e percentual de partida de 30,4%;

2.º GRUPO DE OPOSIÇÃO, com 8.991 eleitores e percentual de partida de 19,6%;

GRUPO DE DEMAIS PARTIDOS, 6.101 adeptos e percentual de partida de 13,3%;

PSDB de Daniel Luiz repetiria sua votação de 2.736 votos e percentual de 6%;


Empate técnico?????

Como se vê o GRUPO DE MÁRIO tem a obrigação e dever de lançar candidatura própria sem se importar com a petulância de RAIMUNDO que já foi e só foi devido ao GRUPO DE MÁRIO. Prova disso é que com a eleição de 2008 ele provou que não é.

Se o GRUPO DE MÁRIO hoje, abdicasse de sua obrigação e voltasse a apoiar RAIMUNDO seria uma desmoralização vez que traição não se admite nem em política. RAIMUNDO poderá até voltar a participar do GRUPO, mas como soldado raso nunca como general traidor.

Como não admitimos tal hipótese, a cada dia que passa a possibilidade de vitória do GRUPO DE MÁRIO sobre o GRUPO DE ANILTON passa a ser uma perspectiva não podemos dizer que certa, mas quase certa. A pequena diferença de percentual existente passa a ser a nosso favor.

Renovamos nossa opinião de que MÁRIO JUNIOR não deve ser o candidato vez que hoje ele é político da Bahia e não somente de Paulo Afonso. Para o GRUPO DE MÁRIO a opção mais confiável é mesmo a pessoa de Dr. ANTÔNIO MARTINS.

Não queremos dizer com isto que o Partido não tenha outras opções. Tem e boas. Mas para a disputa que se aproxima temos que ter um candidato que faça com que a votação dos candidatos a vereador seja quase que igual a sua.

DERNIVAL, MANINHO e NICOLSINHO não conseguiram isto em 2008. Não foram líderes e sim meros candidatos. ANTÔNIO MARTINS será um líder e, eleito, não trairá o GRUPO.

Dizem que o grande defeito de ANTÔNIO MARTINS é falar muito. Claro que como candidato ele deve ouvir mais e falar menos, isto é inegável. Particularmente não acho que o fato dele falar muito seja defeito, mesmo quando ele é repetitivo. Quem conhece ANTÔNIO MARTINS sabe que tudo isto é característica sua, faz parte de sua personalidade. Quando ele invoca Napoleão, Zenão de Eléia, Apóstolo Paulo, Adauto Pereira ou outros, não pensem que ele está fugindo do assunto porque mais a frente, tendo como base aquela invocação, ele estará confirmando tudo àquilo que disse anteriormente.

O que ninguém pode negar são as qualidades de articulador que ANTÔNIO MARTINS possui, sua lealdade aos amigos e a família, sua dedicação ao Partido, o carinho que ele devota aos mais necessitados que batem a sua porta pedindo-lhe apoio jurídico, sem que ele cobre um centavo sequer. Grife-se, mais, já que o assunto é política, a inexistência de rejeição a sua pessoa de parte dos eleitores de Paulo Afonso.

Queremos finalizar repetindo aqui o que afirmamos na primeira versão de nosso trabalho, em junho de 2011:

“... daqui a um ano, em 30 de junho de 2012, os partidos políticos que quiserem lançar candidato a prefeito ou vereador já deverão ter realizado suas convenções. Ou seja, já saberemos quem pretenderá concorrer à eleição para os cargos de prefeito e vereador e que terão seus pedidos submetidos à apreciação da Justiça Eleitoral.

È sabido que o atual prefeito de Paulo Afonso irá buscar um segundo mandato e tenta de todo jeito se aproximar da base governista do PT de Wagner através do deputado Paulo Rangel. Obtendo êxito ou não em suas tentativas, o certo é que ele é um forte candidato em função do cargo de prefeito que já exerce.

Por sua vez, o ex-prefeito Raimundo Caíres, pensando ainda que é um forte candidato diz que irá concorrer a eleição como candidato majoritário e quem quiser lhe apoiar que se contente em ser vice.

Raimundo é carta fora do baralho haja vista que (independentemente de sua situação perante a Justiça), é quase impossível ele voltar a fazer a coligação que o levou a Prefeitura em 2004. Sua única chance seria com o apoio do grupo do Ministro Mário Negromonte que já foi traído por Raimundo e em política, pode até haver reconciliação, mas não haverá confiança, e o Ministro não é neófito em política para confiar novamente em Raimundo.

Já o grupo do Ministro Mário Negromonte desta vez tem que lançar um candidato para competir em pé de igualdade com Anilton e com Raimundo ou quem ele e seu grupo apresentar. A possibilidade de se lançar um candidato próprio é altamente viável, mas não pode ser mero figurante.

Dernival Oliveira, o Val, pelo que foi observado na eleição de 2008, dificilmente obteria uma segunda chance. É o mesmo que Maninho para o PT. Em 2008 Maninho dizia que seu trabalho visava o futuro, mas o trabalho de Paulo Rangel junto a Anilton, mostra que Maninho não é mais uma opção.

Dernival Oliveira, justiça seja feita, mantém-se obstinado em sua tentativa de chegar a Prefeitura, mas ele mesmo sabe que se for ele o candidato do PP, Anilton (antes mesmo do primeiro comício), já terá comprado novo terno para a posse.

No nosso entender, para o PP, a vez é do Dr. Antônio Martins. Alternativa como o Deputado Mário Junior é descartável pela votação que obteve no Estado. Ele deverá consolidar seu trabalho com vista ao Palácio de Ondina. Mário Junior na Prefeitura de Paulo Afonso seria uma marcha à ré em suas pretensões políticas.

Outras opções como Dr. Chico (a vez dele era em 2008), Dinho, Macário, Ozildo Alves, Almeida Junior, Dr. Petrônio Barbosa e muitos outros não empolgariam. Antônio Martins pode e vai empolgar.


Mantemos a mesma opinião que tínhamos em junho de 2011.