terça-feira, 16 de julho de 2013

A CARAVANA DO SÃO FRANCISCO

No último final de semana eu e Beth tivemos a satisfação de receber um grupo de pessoas que viriam acompanhadas de nosso amigo Pedro Bala. Por motivos superiores o Pedro não veio e pediu que recebêssemos seus amigos. É nosso pensamento montar uma espécie de pousada (cujo nome será “Estalagem Águas do Sertão”) e pensamos que esta seria a oportunidade para o ponta-pé inicial. Acertamos o preço e o pessoal foi efetuando o depósito.
Ao chegarem aqui vimos que tinha vindo mais gente do que esperávamos, mas, de imediato, eles já falaram em pagar a diferença. Deixamos isso para depois. A dúvida que me assaltava era se como dono da Pousada eu deveria me integrar ao grupo ou ficar no lugar de gerente somente olhando e administrando as coisas? Afinal de contas eles estavam pagando para serem bem servidos. Era nossa obrigação recebê-los bem.
Como havia a expectativa da chegada de Pedro no dia seguinte optei em substituí-lo e fazer as honras da casa. Integrei-me ao grupo e juntamente com Rossini Lins, Fileno Junior e o jovem Arlindo da Fonseca Lins Neto, fomos tomar cerveja dentro do Rio.
Além do Rossini, Fileno e Arlindo vieram as mulheres Dona Zezita Fonseca Lins, Betânea Barradas, Regina Amélia Fonseca Lins Lima, Ana Regina Rodrigues Vasconcelos Dantas e as jovens Laura, Mariana e Maria Clara. O grupo da criançada foi formado por Joãozinho, Netinho, Maria Paula, Mayara e Luiza. Vieram também acompanhado o grupo Dona Loura, Márcio e Júnior.
A cervejada no dia da chegada (quinta-feira) foi caprichada, mas no dia seguinte todos estavam a postos para a visita ao complexo de Usinas da CHESF. As mudanças que o novo e péssimo Administrador da CHESF está implantando fez com que desistíssemos da visita, pois iríamos esperar mais de uma hora para a chegada da pessoa que nos entregaria o crachá de acesso.
Rossini Lins já conhecia a região e sugeriu visitássemos Delmiro Gouveia para no caminho darmos uma entrada na Usina Angiquinho que este ano completou cem anos. Demos uma rápida passagem pela Usina de PA-IV e rumamos para Delmiro Gouveia. O portão de acesso a Angiquinhos estava fechado e em Delmiro fiquei encantado com o tratamento que vem sendo dado ao Museu Delmiro Gouveia. Vale a pena a visita.
No dia anterior, dentro do Rio, o Rossini Lins falou de um caldinho de mocotó que ele tomou no Trevo de Olho Dágua dos Casados. Saimos de Delmiro para Piranhas e em Olho Dágua dos Casados tomamos o tal Caldinho de Mocotó que na verdade é muito saboroso. Em Piranhas, como já esperávamos, todos admiraram a beleza da cidade. Saímos de Piranhas e passamos pela Usina de Xingó com visita a sua maquete. Rumamos para Canindé do São Francisco e retornamos para casa com direito a mais uma cervejada. Papo gostoso e depois fomos dormir.
No sábado, depois do café da manhã (que Beth procura sempre caprichar), rumamos para o passeio de catamarã e demos uma rápida passagem pela Orla de Glória. Não me canso de fazer o passeio de catamarã e acredito que todos tenham gostado. A filmagem feita pelo cinegrafista Valênio ficou boa. Poderia ter ficado melhor. Mas vale a pena ver. Depois do passeio voltamos prá casa a fim de comermos uma buchada regada a cerveja, é claro, e depois todos fomos dormir.
No domingo todos estavam a postos para o retorno, mas havia a expectativa de uma passagem pela CHESF. O passeio que faço com meus amigos a Usina em Paulo Afonso leva no mínimo duas horas, com parada para fotos no Dreno de Areia, depois vista panorâmica do Rio e da Ponte de Nazaré, depois visita a Casa de Máquina da Usina PA-I, na volta o bondinho (quando funcionava) e final na Ilha do Urubú com vista para a Cachoeira e a Usina de Angiquinho. Quando o Rossini Lins soube que era demorado assim optou em deixar para uma próxima visita e nossos amigos hóspedes retornaram para Recife. Antes da partida o Rossini quis saber qual era a diferença a pagar...
Eu sabia que ele iria fazer essa pergunta em função de alguns comentários feitos antes e, algumas vezes fiquei matutando: devo receber ou não?. . . A dúvida tinha sua pertinência vez que o consumo não foi aquilo que esperávamos, tomei cerveja e me diverti a valer. É verdade que Beth trabalhou um bocado e a despesa feita antes e a fazer depois era alta. Contudo, o pessoal foi excelente, todos alegres, simpáticos, atenciosos. Criançada adorável. Aí eu pensava: O Rossini e o Fileno me incentivaram na implantação da pousada. Sugeriram coisas, eu devia fazer isso ou aquilo, fazer assim ou assado. O Rossini prometeu fazer a divulgação boca a boca e iria mandar seus amigos etecetera e tal... Ou seja, eu teria que ser um bom estalajadeiro e ela teria que dar lucro.
Resolvi então receber a diferença pactuada e junto com Beth tomamos a decisão de implantarmos para valer a “Estalagem Águas do Sertão”. Vamos terminar o pier que receberá o nome de “Pier Pichilau”. Para a inauguração, com direito a placa, discursos e cerveja, iremos convidar o Rossini e sua turma, claro, lógico e evidente que com direito a um desconto especial.
Não poderia deixar de consignar aqui os nossos agradecimentos ao amigo PEDRO BALA que recomendou o passeio a esta turma. Ao querido Pedro, nossos sinceros agradecimentos e desde já convidado, também, para inauguração do Pier.