sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PREFEITURA DE GLÓRIA - ÚLTIMA VEZ

È uma pena eu ter que voltar ao assunto da Prefeitura de Glória, mas devo voltar por uma questão de honestidade e para que aqui fique registrado o meu ponto de vista. Logo quando a Dra. Ena Vilma foi eleita eu pensava que ela iria convidar o Dr. Antônio Martins para ser o Procurador do Município. O Procurador é tido como o guarda-costas do prefeito e o Dr. Antônio Martins era a pessoa ideal para arrumar juridicamente a casa, fazendo as sindicâncias e auditorias necessárias para apuração das irregularidades e responsabilização dos culpados.

Afirmei na época que se preciso fosse, ele poderia contar com todo meu apoio onde eu o ajudaria de graça durante os seis primeiros meses e depois sairia, pois não quero mais ser empregado de ninguém. Trabalharia de graça porque como amigo daria minha parcela de colaboração com vista ao êxito da administração. Dr. Antônio Martins não foi convidado, Beth foi nomeada para a Assistência Judiciária e sempre que necessitaram do meu apoio eu estava presente.

Nesses quase três anos de mandato, sempre que notei alguma irregularidade levei ao conhecimento de Nivaldo por entender que ele era a segunda pessoa da Prefeita em assuntos de administração. Irregularidades às vezes sérias. Veio à tona agora o assunto da “prefeitinha”. Chegou a hora da Prefeita dar um basta.

Se eu fosse ela faria funcionar um setor de recebimento de material no almoxarifado. Todos os produtos adquiridos pelo Município teriam que ser recepcionados pelo almoxarife, registrado sua entrada e, logo depois, remetidos ao seu destino final, com baixa do produto. Se o produto estivesse incompleto, com prazo de validade vencido, não obedecesse às especificações do contrato, o responsável seria o almoxarife que, por isso mesmo, teria de ser pessoa de reconhecida honestidade e de extrema confiança, mas que, mesmo assim, deveria ser auditado duas vezes por ano em momentos incertos.

Só com isto, ela teria certeza de que os remédios adquiridos pelo Município de Glória estariam sendo entregues em sua totalidade e não pela metade. Ela saberia, realmente, se o Vereador Paulo Gomes e o Servidor Público Dorgival de Araújo Melo entregaram ao Município as laranjas que se comprometeram em fornecer através de interposição da COPAG. Ela ficaria sabendo se as cestas básicas estavam sendo fornecidas completas e em todo seu quantitativo ou se estavam repetindo o mesmo procedimento adotado na gestão de Policarpo.

Todo cuidado é pouco. Já disse isto antes. Mas é a pura verdade. Ela tem na Prefeitura pessoas dignas de confiança que estranharam a ascensão da “prefeitinha”, mas se calaram com medo de perder o emprego.

Eu mesmo estava no gabinete (não estava querendo emprego), logo após a posse, e vi a Prefeita de viva voz falando para a Dona Jeane que ela não seria mantida no quadro de pessoal de confiança. Não sei a razão da mudança, mas sei que errar é humano e a Prefeita sabe que errou. Logo, deve ela aproveitar o ensejo e corrigir as distorções.

Em tempo: Quando falei acima no Vereador Paulo Gomes e no Servidor Público Dorgival de Araújo Melo a respeito da entrega das laranjas, quero ressaltar que para o caso não há impedimento legal. O impedimento é ético. Só não acredito que eles tenham laranja para vender.

Nenhum comentário:

Postar um comentário